Dedicando estes carismas com o qual fomos agraciados nas atividades pastorais da Matriz de Santa Rita de Cássia, nossa casa, no Centro do Rio de Janeiro.


Encontramos na música a porta de entrada para uma vida repleta no Espírito que nos santifica unindo assim louvor, formação e obra para que a palavra de Deus seja edificada.


quinta-feira, 21 de março de 2013

O simbolismo da Semana Santa


Olá amados Irmãos,

Confesso a vocês, irmãos, que tenho um carinho todo especial pela liturgia, o simbolismo e a tradição da Semana Santa. A nossa Igreja foi infinitamente generosa em nos presentear com cantos, leituras, pregações, ritos e procissões que verdadeiramente nos levam a viver os momentos vividos por Jesus em sua Paixão, Morte e Ressurreição. É impossível não ter a sensação de voltar no tempo e viver, ao lado de Jesus, cada um de seus passos quando experimentamos o que a Santa Mãe Igreja nos propõe. Pena que nem todos os nossos irmãos tem essa ciência e preferem trocar a Semana que não é Santa à toa, por um “feriadão prolongado” na Região dos Lagos, fazendo o que se podia fazer em qualquer outro feriado (e olha que não temos poucos...).

Com sede de partilhar com vocês a emoção que sinto ao viver a Semana Santa, resolvi fazer um breve resumo sobre as celebrações que participaremos juntos em nossa comunidade:

Domingo de Ramos: marca o início da Semana Santa. Celebramos a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho (símbolo de humildade). Neste dia, somos chamados, também nós, a repetir o gesto daquele povo em procissão, carregando nossos ramos e proclamando “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor.”, manifestando, dessa forma, a nossa fé em Cristo Jesus, Nosso Senhor e Rei. Neste dia, ainda, acompanhamos a narrativa da Paixão de Cristo. Aquele mesmo povo que anteriormente O havia recebido com júbilo, agora O abandonava, condenando-o à morte.

Ofício das Trevas: é um ofício bastante antigo em nossa Igreja. Durante este ofício toda a igreja fica às escuras. Apenas um candelabro triangular fica aceso e suas velas vão sendo apagadas aos poucos após as leituras e salmos. Neste ofício, nos colocamos juntos a Jesus em oração, meditando os Seus Sofrimentos e a Sua Angústia. É uma celebração belíssima!

Procissão do Encontro: durante a procissão, conduzimos a imagem de Nosso Senhor dos Passos ao encontro da imagem de Nossa Senhora das Dores, recordando o encontro de Jesus com sua Mãe, durante a sua Via Dolorosa até o Calvário. Ao final da procissão, meditamos o Sermão das Sete Palavras, as últimas palavras de Jesus no Calvário, antes de sua Morte.

Quinta-feira Santa: Missa da Ceia do Senhor : É A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA E DO MINISTÉRIO SACERDOTAL! Nela celebramos o sinal deixado por Jesus antes de sua Morte: o Seu Próprio Corpo e o Seu Próprio Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, entregue aos seus discípulos e pedido por Ele mesmo para que fizessem o mesmo com as gerações futuras em Sua memória. Cumprindo a ordem do Senhor, hoje esses discípulos são os nossos sacerdotes que em toda Missa repetem o gesto de Cristo e através de suas mãos ungidas consagram a Deus as espécies para que se tornem o mesmo Corpo e Sangue entregues por Jesus naquela Ceia.  Nesta celebração revivemos também o Lava-Pés, gesto em que Jesus afirma que veio ao mundo para servir e não para ser servido, nos ensinando, assim, que amar é servir. Ao final da celebração, é realizado o Translado do Santíssimo Sacramento e a desnudação dos altares. A partir de então, devemos nos recolher em um grande silêncio, em respeito à Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus.

Missa dos Santos Óleos: Ainda na Quinta-feira Santa, geralmente na parte da manhã, o Bispo consagra os três óleos (Óleo do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos) que serão utilizados durante todo o Ano Litúrgico. 

Sexta-feira Santa: Celebração da Paixão e Morte do Senhor: Dia de jejum e abstinência. É o único dia do ano em que a Igreja não celebra a Eucaristia. Esta celebração é marcada, assim como todo o dia, pelo silêncio e a oração. Nela, contemplamos, de modo especial, o Cristo Crucificado que se entregou por Amor em expiação dos nossos pecados. Após a celebração, faz-se a procissão com o Senhor Morto.

Soledade de Nossa Senhora das Dores: Neste momento, somos convidados a meditar as Sete Dores da Virgem Maria, em um momento em que nos solidarizamos à dor da Mãe de Deus e Nossa.

Sábado Santo: Vigília Pascal: A Igreja põe-se em vigília, à espera da Vitória do Senhor sobre a morte. Com a benção do Fogo Novo e o acendimento do Círio Pascal, vivemos a glória do Cristo Redentor sobre as trevas, a Luz que dissipa a escuridão da morte. Nesta celebração belíssima, acompanhamos nas leituras e nos salmos, toda a história da salvação desde o início dos tempos. E nos alegramos ao entoarmos “GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS!”, que estava “entalado” em nossas gargantas.

Domingo Santo: Páscoa do Senhor: “CRISTO RESSUSCITOU! VIVE EM NOSSO MEIO!  ALELUIA!”. Nesta celebração chegamos ao ponto central de nossa fé: A RESSURREIÇÃO DE CRISTO JESUS! O que era trevas agora é luz. O que era escuro faz-se claro. Jesus de uma vez por todas declara ser o Filho de Deus, mostrando que nem mesmo a morte foi capaz de vencê- Lo. É também para nós tempo de vida nova.

Em breve divulgaremos os horários das celebrações em nossa Matriz.

Tragam as suas famílias e venham juntamente com o Ministério Monte Sião e toda a comunidade de Santa Rita viver este tempo tão propício a um encontro ainda mais profundo com o Salvador do mundo. Nos encontramos lá!

Uma abençoada Semana Santa, meus queridos irmãos!

Em Deus fé, esperança e amor.

Diogo Santos
Pregador e Músico do Ministério Monte Sião

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