Dedicando estes carismas com o qual fomos agraciados nas atividades pastorais da Matriz de Santa Rita de Cássia, nossa casa, no Centro do Rio de Janeiro.


Encontramos na música a porta de entrada para uma vida repleta no Espírito que nos santifica unindo assim louvor, formação e obra para que a palavra de Deus seja edificada.


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Evangelho e homilia do dia 15/04/2015

Toque de Fé 11

     Está semana nossos jovens irão falar um pouco sobre um personagem muito marcante, Tomé, a sua frase que ficou tão marcada, até hoje se propaga entre muitos irmão que só acreditam quando vêem a graça de Deus.



     Entretanto Deus se faz presente em nossas vidas todos os dias, então fica a pergunta, como anda a sua fé? está abalada com as tribulações do dia a dia, ou está forte?



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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Semana Santa

A chamada “Semana das Semanas” ou ainda “Semana Maior” não é apenas um momento para “relembrar” o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, é sim um momento para renovarmos este mistério na própria igreja, pois toda a Igreja é chamada a não só assistir mas participar, vivendo este momento através de práticas espirituais como o jejum, a caridade, a oração e a abstinência. É este o propósito da Quaresma: passarmos quarenta dias nos preparando para o ápice litúrgico e religioso da Igreja Católica Apostólica Romana sem a qual o próprio apóstolo Paulo nos ensina que “seria vã a nossa fé se Jesus não tivesse ressuscitado de fato” (cf. I Cor 15, 17). Antes de falarmos sobre o tríduo pascal nos é necessário falar sobre costumes lindos, antiquíssimos e cheios de significado Oficio de Trevas e a Procissão do Encontro. O Oficio de Trevas, é uma cerimônia bastante antiga em nossa Igreja que nos traz á memoria, a reflexão sobre as dores e abandono sofridos por Jesus, ou seja, e uma clara reflexão sobre o incontestável sofrimento de jesus como homem e Deus, sofrendo nossas dores e carências, sentimentais e psicológicas, pois era plenamente homem com suas virtudes e fraquezas. Nesta cerimônia, toda a igreja fica às escuras e à medida em que se fazem reflexões, leituras e cantos de salmos, o tenebrário triangular que permanecia aceso com quinze velas vai se apagando até que reste apenas uma, a do ápice. Esta de cor diferente das outras, simboliza o próprio Jesus que, neste momento com a igreja toda apagada e apenas que o simboliza acesa, significa que apesar de todos O abandonarem este mesmo Jesus-Homem persevera em sua missão, manifestando o Jesus-Deus. Ainda neste compasso temos a Procissão do Encontro, momento de procissão em que meditamos sobre a caminhada dolorosa não só de Jesus, mas também lembramos as dores de Maria, mãe de Jesus, que permaneceu firme vendo, mesmo sem entender, seu Filho sofrer até a morte injusta na cruz. Propiciamente além da imagem de Jesus que sai de um determinado ponto até um ponto em comum, de outro extremo é conduzida a imagem de N. Sra. Das Dores (normalmente acompanhada por mulheres) até este mesmo ponto comum que simboliza o encontro entre a mãe e seu filho desfigurado. Neste momento reza-se sobre a reflexão de todas as mães que sofrem ao verem seus filhos massacrados pela sociedade em diversos aspectos. Pois bem, entramos agora no chamado “filé” da Semana Santa, não que o indicado anteriormente não seja profundamente importante para a nossa preparação, entretanto veremos que neste grande dia, é de fato O Grande Dia vivido pela igreja. Para encerrar com “chave de ouro” o tempo quaresmal temos na manhã da quinta-feira santa a celebração da Missa do Crisma ou “Missa dos Santos Óleos”. É nesta celebração que são renovados os votos de obediência dos padres diocesanos ao Bispo local, tais votos necessitam desta renovação pois não são definitivos, proporcionando a possibilidade do padre diocesano descobrir a vocação religiosa ou vice-versa. Nas Vésperas da quinta-feira, ou seja, ao entardecer ou ainda, no início da noite do mesmo dia, toda a igreja se reúne para iniciarmos um novo tempo litúrgico, aí sim com o início do Tríduo Pascal, que é vivido pela Igreja como um único dia em um único momento litúrgico que é celebrado em três atos distintos, não só por sua complexidade e singularidade, como também tem o intuito de simbolizar a manifestação do Deus Uno e Trino. É IMPORTANTÍSSIMO lembrarmos que, conforme dito anteriormente, a Igreja celebra este Tríduo em três momentos, porém como um único dia. Sendo mais claro, as três liturgias estão intimamente ligadas ao ponto de na celebração da Ceia do Senhor ou “Lava-pés” não existir a “benção final”, assim como também ocorre no Ato Litúrgico da Sexta-feira que falaremos adiante. Agora, falando propriamente da celebração da ceia do senhor ou “lava-pés” frisamos que apesar do ato mais atípico em celebração de missa, ou seja, que chama mais atenção aos nossos olhos será imitação do Cristo ao lavar os pés dos seus discípulos, os pontos em destaque ou memória mais importante desta celebração são a Instituição da Eucaristia, que revivemos a cada celebração eucarística quando o presidente da celebração (padre ou bispo) é no uso do ministério da “pessoa de Cristo” renova os mistérios do Corpo e do Sangue de Cristo, repetindo as palavras “Tomai todos e comei, ...” e “Tomai todos e bebei, ...”. O segundo ponto de destaque nesta celebração se trata da instituição do ministério sacerdotal quando após o momento litúrgico citado acima repetem-se as palavras do Cristo “Fazei isto em memória de mim”. Por fim destacamos, conforme dito anteriormente, que ao término desta missa o rito final se dá com a Transladação do Santíssimo Sacramento a uma capela improvisada, que não seja a do altar principal, para lembrarmos que é após a Santa Ceia que se dá a prisão do Senhor. Ao mesmo tempo, os altares desnudados e a igreja entra em profunda meditação. Após a noite e a manhã de orações e adoração reparadora do Santíssimo Sacramento, é às 15h (horário local) em que toda a igreja universalmente se reúne para o ato litúrgico da Sexta-feira Santa ou “da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Destacamos desde já os ritos iniciais no qual ao entrar na igreja o presidente da celebração e seus auxiliares ordenados prostram-se com o rosto voltado para o chão em sinal de luto pois foi neste horário (simbolicamente) que Jesus morreu. Logo não existe saudação inicial e nem “início da missa” pois este ato litúrgico é uma continuação da Quinta-feira. Em seguida, são feitas leituras com a narração da Paixão de Cristo no evangelho e após a homilia é feita a Oração Universal, momento no qual toda Igreja aos pés da cruz e do Cristo morto e crucificado, no seu momento de maior dor, a Igreja reza por si e por todos independente de sua crença. Esta celebração termina com o “Beijo da Cruz e/ou do Senhor morto”, que saem tradicionalmente em procissão pelas ruas. É de extrema importância lembrarmos aqui que a tradição citada acima não é de adoração a Santa Cruz. A Apresentação da Cruz lembra assim como a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana, remete-nos a todo sofrimento e morte de fato que foram necessários para a salvação da humanidade. A Cruz aqui, através da morte e sofrimento de Jesus, são na verdade ponte de salvação da humanidade, sem tal sacrifício “seria vã a nossa fé” (cf. I Cor 15, 17). Portanto uma cruz sem o Cristo perde seu significado e é por isso que os católicos romanos não adoram a Cruz e sim a veneram, lembrando o seu significado mais profundo. Não podemos encerrar este trecho sem lembrarmos que durante todo o ano, por mais profundo que seja o tempo litúrgico e a meditação da Igreja, sempre encontramos “brechas” para celebrações festivas – domingos Gaudete e Laetere e algumas solenidades – e é apenas neste dia em que lembramos a Paixão e Morte de Jesus que a Igreja de fato se recolhe em luto. Por fim, chegamos ao Sábado Santo, lembrando que a igreja faz um profundo silêncio durante todo o dia em oração diante do Sepulcro de Jesus na certeza de sua Ressurreição, sem deixar de fazer memória às raízes judaico-cristãs, de guardar o sábado (sabat), até o entardecer ou início da noite onde se celebra a Vigília Pascal. É ao cair da tarde, início da noite até o amanhecer do domingo que tal solenidade se realiza. Esta tem início na parte externa da igreja – mesmo sem “início da missa” existe uma breve saudação – com a benção do fogo novo e preparação do Círio Pascal, estes fazem memória ao momento exato em que Jesus de fato ressuscitou. Esta é a verdadeira “Missa de Páscoa”. Este fogo novo que vai se figurar no Círio Pascal que representa o Cristo Luz do Mundo, adentra a igreja com todas as luzes apagadas e se multiplica nas velas da assembleia presente, simbolizando que a ressurreição triunfante do Cristo contagiou com sua luz toda a humanidade. O início deste ato litúrgico lembra o momento contemplado apenas pela “noite feliz”, pois nenhum olho humano viu o momento exato que tal fato ocorreu. Por isso “esta noite” é chamada de bendita pois “só tu, noite feliz, soubeste a hora em que o Cristo da morte ressurgia”(Proclamação da Páscoa A) . Após serem feitas diversas leituras e salmos que nos trazem a memória toda a história da salvação desde a criação do mundo e correlatos chegamos ao grande momento litúrgico que nos privamos durante toda esta preparação, que é o momento do Hino de Louvor, também chamado de “Hino do Glória”. É chegada a hora em que todas as luzes da igreja se acendem, todos os sinos ressoam, as imagens são descobertas, os altares são novamente paramentados... Ao mesmo tempo enquanto a Assembléia se une aos Anjos do Céu para proclamar: “Glória a DEUS nas Alturas!” Momento único e lindo! A Igreja Militante e Triunfante (No céu e na terra) exultam de alegria pela Vitória de Cristo sobre a morte e por sua Ressurreição, o que eleva a humanidade a dignidade tão invejada por Lúcifer! Após esse momento, a Igreja com sua Fé, Forças e Esperança ratificadas e renovadas; renova seus votos batismais e com a benção da água benta que será usada durante os próximos cinqüenta dias que se hão de seguir, pois viveremos este novo tempo o Tempo Pascal, como se um único dia também fosse. Além disso a Igreja TOTALMENTE RENOVADA neste tempo utiliza novas saudações, novas orações e jaculatórias (próprias do Tempo Liturgico), enfim, nós transparecemos uma grande verdade que jamais deixou de existir: APÓS A RESSUREIÇÃO DE CRISTO JAMAIS SEREMOS OS MESMOS! Por Leonardo Victor Membro do Ministério Monte Sião (Com a colaboração de Andressa Rodrigues)